Prémios

Hugo Dinis foi a escolha vencedora da 2ª Edição do PRÉMIO ATELIER-MUSEU JÚLIO POMAR / EGEAC 2016 :

Hugo Dinis nasceu em 1977, Lisboa, Portugal. Licenciatura em Artes Plásticas – Pintura (1998/2004), na Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, Portugal. Pós-graduação em Estudos Curatoriais (2005/06), na mesma faculdade e na Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa. Actualmente frequenta o programa doutoral em Estudos Artísticos – Arte e Mediações na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.

Recentemente venceu o Prémio Atelier-Museu Júlio Pomar / EGEAC 2016, com o projecto Estranhos dias recentes de um tempo menos feliz, a realizar em Maio de 2017. Em 2015 comissariou a exposição Eu (título em construção) no Espaço Novo Banco, Lisboa. Em 2009 comissariou a exposição A Iminência da Queda, na Galeria Diário de Notícias, em Lisboa. Em 2008 comissariou a exposição intitulada Desedificar o homem, na Galeria Municipal Paços do Concelho, Doispaços Galeria Municipal e Transforma em Torres Vedras, Portugal no âmbito do projeto itinerante Antena da Fundação Serralves, Porto, Portugal.

Escreveu textos críticos sobre a obra diversos artistas, tais como: Vasco Araújo, João Leonardo, Pedro Gomes, João Ferro Martins e Pedro Valdez Cardoso. Entre 2008 e 2011 trabalhou como assistente na Galeria 111, em Lisboa, onde co-coordenou a edição dos catálogos de Eduardo Batarda e Ana Vidigal. Entre 2011 e 2016 trabalhou na Galeria Filomena Soares, em Lisboa, onde realizou as exposições individuais de: Helena Almeida, João Penalva, Ângela Ferreira, João Tabarra, Didier Faustino, Pedro Barateiro, Rui Chafes, Bruno Pacheco, entre outros.

Júri
Sara Antónia Matos
directora do Atelier-Museu Júlio Pomar

Directora do Atelier-Museu Júlio Pomar, desde 2012. É formada em Escultura na Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, Mestre em Estudos Curatoriais e Doutorada com a tese “Da Escultura à Espacialidade” na mesma Universidade. Comissária desde 2006, destacam-se as exposições: Narrativa Interior no CAM- Fundação Calouste Gulbenkian (2014); Zona Letal, Espaço Vitalobras da Colecção da Caixa Geral de Depósitos – Culturgest (2011); Arquite(x)turas: colecção de fotografia do BES (2010); Khora (2009); Desenhos, Construções e Outros Acidentes… (2008) da Fundação Carmona e Costa; entre outras.

Publica regularmente ensaios sobre arte, em catálogos e revistas da especialidade e é coordenadora da colecção Cadernos do Atelier-Museu Júlio Pomar. É membro da AICA/SP- Associação Internacional dos Críticos de Arte; leccionou na Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa como convidada e, entre 2011 e 2013, foi coordenadora e docente do Departamento de Escultura do Arco.

Isabel Carlos

Isabel Carlos é licenciada em Filosofia pela Universidade de Coimbra e mestre em Comunicação Social pela Universidade Nova de Lisboa com a tese «Performance ou a Arte num Lugar Incómodo» (1993). Crítica de arte desde 1991, tem ocupado diversos cargos de destaque, incluindo o de assessora para a área de exposições de Lisboa’94 – Capital Europeia da Cultura. Foi co-fundadora e subdirectora do Instituto de Arte Contemporânea, tutelado pelo Ministério da Cultura (1996-2001), tendo organizado, entre outras actividades inerentes ao cargo, as representações portuguesas na Bienal de Veneza (2001) e na Bienal de São Paulo (1996 e 1998). Foi membro dos júris da Bienal de Veneza (2003), do Turner Prize (2010), The Vincent Award (2013), entre outros. Co-seleccionadora do Ars Mundi, Cardiff (2008).

Entre as inúmeras exposições que organizou, destacam-se: Bienal de Sidney «On Reason and Emotion» (2004), «Intus» de Helena Almeida, Pavilhão de Portugal, Bienal de Veneza (2005), «Provisions for the Future», Bienal de Sharjah (2009).

Entre 2009 e 2015 foi directora do Centro de Arte Moderna _Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa.

Vasco Araújo

Vasco Araújo, nasceu em Lisboa, em 1975, cidade onde vive e trabalha. Em 1999 concluiu a licenciatura em  Escultura pela FBAUL., entre 1999 e 2000 frequentou o Curso Avançado de Artes Plásticas da Maumaus em Lisboa.  Desde então tem participado em diversas exposições individuais e colectivas tanto nacional como internacionalmente, intregando ainda programas de residências, como Récollets (2005), Paris; Core Program (2003/04), Houston. Em 2003 recebeu o Prémio EDP Novos Artistas.

Das exposições individuais destacam-se : “Potestad”, MALBA – Museu de Arte Latino-Americana de Buenos Aires, Buenos Aires, Argentina.(2015);  “Under the Influence of Psyche”, The Power Plant, Toronto (2014); “Debret”, Pinacoteca do Estado de S. Paulo, S. Paulo (2013). Nas exposições colectivas destaque para a participação “Em Vivo Contacto”, 28º Bienal de S. Paulo, São Paulo (2008); “Experience of Art”; La Biennale di Venezia. 51th International Exhibition of Art, Veneza; “Dialectics of Hope”, 1st Moscow Biennale of Contemporary Art, Moscovo, (ambas em 2005); “The World Maybe Fantastic” Biennale of Sydney (2002), Sydney.

O seu trabalho está publicado em vários livros e catálogos e representado em várias colecções, públicas e privadas, como Centre Pompidou, Musée d’Art Modern (França); Museu Colecção Berardo, Arte Moderna e Contamporânea, (Portugal); Fundação Calouste Gulbenkian (Portugal); Fundación Centro Ordóñez-Falcón de Fotografía – COFF (Espanha); Museo Nacional Reina Sofia, Centro de Arte (Espanha);  Fundação de Serralves (Portugal); Museum of Fine Arts Houston (EUA), Pinacoteca do Estado de S. Paulo (Brasil).

 

Condições de Participação
 

1. Enquadramento:

O Prémio Atelier-Museu Júlio Pomar, atribuído a partir de uma Open Call /Chamada de Trabalhos, distingue um projecto de curadoria de arte contemporânea, envolvendo três vertentes em simultâneo: a produção artística, a produção crítica ou ensaística e a prática curatorial.
Os projectos, admitidos no âmbito das presentes condições, deverão assumir o formato de uma exposição – individual ou colectiva – a concretizar no espaço do Atelier-Museu Júlio Pomar, produzida e financeiramente suportada pela instituição.
No âmbito deste projecto, será editada uma publicação, integrada na colecção Cadernos do Atelier-Museu Júlio Pomar, com coordenação editorial conjunta da direcção do Atelier-Museu Júlio Pomar e do curador ou equipa curatorial vencedora.

Procurando juntar curadores, artistas e instituições, num momento em que a maioria dos prémios atribuídos em território português, para o domínio das artes, são vocacionados e directamente dirigidos a artistas, o Prémio de Curadoria Atelier-Museu Júlio Pomar pretende fomentar o exercício no campo da curadoria de arte contemporânea, a produção de fortuna crítica e a concretização editorial.

 

2. Destinatários:

Serão admitidos a participar cidadãos de nacionalidade portuguesa e estrangeiros residentes em Portugal.
Os participantes podem apresentar-se individualmente ou em grupo.
Apenas podem participar curadores ou equipas curatoriais que já tenham comissariado, no mínimo, uma exposição.
Os participantes não são obrigados a ter formação específica em curadoria.
Os artistas podem desafiar um comissário a submeter uma candidactura com a(s) sua(s) obra(s)
ou
os artistas podem apresentar-se como comissários; não podendo, neste caso, submeter a concurso um projecto de exposição que envolva a sua própria obra.

Antes de submeter a sua candidactura, os proponentes deverão:

  1. Consultar todos os autores/artistas que pretendem envolver no seu projecto e obter a sua anuência para expor as respectivas obras ou trabalhos, no caso de o projecto ser vencedor.
  2.  Visitar o Atelier-Museu Júlio Pomar para conhecerem as características e possibilidades do espaço. Os interessados poderão visitar o espaço livremente ou requerer uma visita acompanhada por um técnico do Atelier-Museu, através do endereço:
    producao.atmjp@gmail.com.

 

3. Prazo e modo de envio da candidatura:

As candidaturas só podem ser apresentadas até às 18h00, do dia 15 de Junho de 2016, sob pena de exclusão.

Os processos de candidatura podem ser entregues em mão ou enviados via CTT, registado com aviso de recepção, para o Atelier-Museu Júlio Pomar, Rua do Vale, n.º 7, 1200-472 Lisboa. Em caso de envio via CTT considera-se a data de carimbo dos correios.

O Atelier-Museu Júlio Pomar não assume qualquer responsabilidade pelas candidaturas que não estejam em perfeitas condições ou que se venham a extraviar por razões alheias.

 

4. Documentos que compõem o processo de candidatura:

Os participantes deverão entregar 3 (três) exemplares (cópias) dos seguintes documentos:

– Curriculum Vitae, que deve identificar o contacto de correio electrónico;
– Cópia do Cartão de Cidadão/Bilhete de Identidade/Passaporte;
– Carta de recomendação escrita e assinada por um reconhecido profissional do meio (facultativo);
– Portfólio, em papel ou CD, do trabalho desenvolvido no âmbito da curadoria;
– Cópia de um texto escrito e publicado;
– Memória descritiva do projecto expositivo a realizar:

a) texto de apresentação, em português, até um máximo de 5.000 caracteres, fundamentando o projecto curatorial;
b) ficha técnica do projecto, indicando pormenores relativos à produção da exposição, os artistas envolvidos e qualquer outra informação que permita compreender a sua exequibilidade;
c) imagens de obras, ou informação que permita compreender a natureza e a quantidade de obras a expor.
d) um orçamento provisional de como vão distribuir os 4.500€ (ver ponto 7., alínea b)) pelos artistas participantes, tendo em conta os fee(s) a alocar a cada artista e as necessidades de produção de obras.

O projecto expositivo a realizar deverá ser inédito e nunca submetido previamente à apreciação de Júris, parcial ou integralmente.

As candidaturas que não cumpram alguma das condições aqui descritas serão excluídas.

 

5. Júri :

O Atelier-Museu Júlio Pomar procederá à formação e composição do Júri.

O Júri, presidido pela directora do Atelier-Museu Júlio Pomar, Sara Antónia Matos, será formado por mais duas personalidades de renome do campo da crítica, da curadoria ou da arte contemporânea, a anunciar oportunamente.

A decisão do Júri é soberana e solidária, não sendo admitido recurso ou reclamação da mesma.

Das reuniões do júri será lavrada acta, que ficará em depósito no Atelier-Museu Júlio Pomar.

 

6. Selecção:

Das candidaturas apresentadas, o Júri selecionará apenas uma, cujo(s) autore(s) beneficiará(ão) de um prémio nos termos previstos no ponto 7. infra.

No processo de selecção serão consideradas pelo Júri as seguintes valências dos projectos expositivos apresentados:

a) o trabalho integrado entre artistas e curadores na concretização do projecto, incluindo a vertente editorial;
b) exequibilidade do projecto, tendo em conta as características e condições físicas do Atelier-Museu Júlio Pomar;
c) originalidade e pertinência do projecto no contexto das práticas artísticas contemporâneas.

No âmbito do processo de selecção, o Júri poderá solicitar informações e documentos adicionais que considere necessários à melhor compreensão dos projectos apresentados.

 

7. Prémio:

O projecto selecionado pelo Júri será concretizado nos seguintes termos:

a) Apresentação pública do projecto no Atelier-Museu Júlio Pomar, durante um mês e meio, no primeiro trimestre de 2017;
b) Produção do projecto pelo Atelier-Museu Júlio Pomar mediante a assunção das seguintes responsabilidades na sua concretização:

– transporte de obras (em território nacional);
– seguro de obras;
– montagens e desmontagens necessárias;
– promoção e divulgação;
– edição de um Caderno Atelier-Museu Júlio Pomar, conforme as regras editoriais definidas previamente pelo Museu para as suas publicações;
– fotografias de exposição;
– assunção de custos, até ao montante máximo global de € 4.500,00 (quatro mil e quinhentos euros), com fee(s) aos artistas e a produção de novas obras.

c) Para além da concretização do projecto nos termos acima enunciados, será atribuído ao curador ou equipa curatorial premiada, um prémio financeiro no montante de € 3.000,00 (três mil euros) – recibo verde.

A concretização aqui prevista importa a assunção pelo curador das seguintes responsabilidades:

– investigação necessária ao projecto;
– redacção de um texto para o caderno do Atelier-Museu Júlio Pomar;
– acompanhamento de todos os trabalhos inerentes à produção e realização do projecto/exposição, inclusive montagem e desmontagem de exposição;
– articulação com o(s) artista(s ) envolvido(s);
– disponibilidade para acções de divulgação da exposição junto da imprensa e de visitantes do Atelier-Museu Júlio Pomar (uma visita guiada ao Serviço educativo do AMJP; uma visita para visitantes do AMJP).
– disponibilidade para cumprir o cronograma, estipulado pelo AMJP, para a produção, divulgação e apresentação da exposição.

 

8. Utilização de imagens e textos:

O/s autor/es envolvidos no projecto selecionado cede/m os direitos de reprodução das imagens e dos textos que forem apresentados no âmbito da participação neste procedimento, tanto para o catálogo como para a divulgação do projecto, nomeadamente através de formatos para publicidade do Atelier-Museu Júlio Pomar e na internet.

Qualquer outra utilização será objecto de acordo entre o Atelier-Museu Júlio Pomar e o/s autor/es.